sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dubai - Complexo Madinat Jumeirah

No mesmo dia em que eu cheguei, quis conhecer um dos cartões postais mais famosos do mundo, o edifício Burj Al Arab na praia de Jumeirah, aquele em forma de vela. Jumeirah (leia Jumíra) é uma grande região da orla de Dubai. Ali um grupo empresarial com esse mesmo nome instalou alguns dos maiores conjuntos turísticos da cidade (o Hotel Jumeirah, o Burj Al Arab, o Wild Wadi Water Park e o complexo Madinat). Ouvi dizer que o Grupo Jumeirah é do Sheik, mas não sei se isso é verdade.
 

Bem, peguei um táxi e descobri que os táxis são muito baratos. Nossa moeda estava valorizada e valia o dobro dos Dirhans, uma beleza, considerando que a viagem de táxi do hotel até o Madinat custou menos de dez reais (de 3 a 4 quilometros). De cara tive uma surpresa agradável e impressionante. O Madinat é um grande centro de compras, hospedagem, restaurantes, lojas, bares, convenções e teatro. Construído com base na antiga arquitetura local, que utilizava pó de coral e areia, a sensação que se tem é de estar em uma cidade cenográfica na Disney, só que neste caso é uma cidade real, um complexo comercial, uma espécie de shopping center arábico.
No centro do Complexo Madinat existe um curso d´água por onde se pode andar de barco e se deslocar de uma ponta para a outra. Na sua orla ficam os bares e restaurantes, e numa noite seguinte voltei lá para fumar sisha (narguile) jogado nos almofadões de couro sob palmeiras. No Complexo existe um mercado (souk) que vende produtos árabes de diversas naturezas. Muitas lojas de tapetes, perfumes, souvenires e luminárias abrigadas em uma estrutura muito bem acabada em madeira. Logo que a gente entra se sente transportado para o oriente, uma sensação muito interessante e que eu voltaria a sentir muitas outras vezes.
















Neste local tirei algumas fotos, sempre impressionado pela qualidade espacial e pelas referências, pela habilidade de compor cenograficamente com elementos misturdos de arquiteturas diferentes. Na Dubai antiga, os prédios possuíam o que eles chamam e wind towers (torres de vento), uma espécie de torre com aberturas verticais estruturada em toras de madeira que capturava o ar sobre os telhados planos e canalizava para o interior das casas. Em Jumeirah tive meu primeiro contato com essa belíssima e emblemática estrutura, lá também tive o primeiro contato com o contraste entre a arquitetura local revisitada e a arquitetura high tech dos novos prédios. A imagem do Burj Al Arab em segundo plano sobre o complexo de linguagem antiga é uma imagem qe vou guardar para sempre comigo. Acho quefoi a primeira vez que achei que um neo pode ser algo interessante.

Muito bom, misturar é Dubai!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dubai 01

Esclarecimento: Antes de mais nada, desculpem a falsa propaganda. Não consegui postar em Dubai porque o blogspot (e outros sites de blogs), o tumblr, o facebook e o orkut são sites controlados e é bem difícil acessar. Vou me redimindo aos poucos para registrar as coisas que vi.

Depois de 18 horas de viagem (sem contar uma espera de 13 horas em Johanesburgo) eis aqui Dubai.Cheguei no amanhecer, e de cara me deparei com  o sol do nascendo sobre o Deserto da Arábia. Nem dava para acreditar. Sempre sonhei em visitar este lugar, e de repente, estava lá de verdade.
De dentro do ônibus que me levava até o hotel comecei a ver ao vivo os ícones da arquitetura que tantas vezes vemos pela internet. Aos poucos eles iam surgindo, um a um, sem me dar tempo para respirar ou ajustar a velocidade do obturador: Emirates Towers, Burj Khalifa (o prédio mais alto do mundo), Burj Al Arab (o hotel em forma de vela), Jumeirah Hotel (em forma de onda), as estações de metrô, os arranha céus, as mesquitas, centenas de placas escritas em árabe.

Confesso que eu esperava uma cidade totalmente ocidentalizada, mas de cara deu para perceber que muito da tradição da arquitetura local foi preservada, além da indescritível areia espalhada por todos os cantos.

Dubai é uma cidade de circulação fácil, espalhada ao longo da orla do Golfo Pérsico e do Creek (um braço de mar que entra pelas terras áridas em direção ao deserto), tem uma grande inclinação à horizontalidade, mantendo os edifícios altos em áreas concentradas, especificamente as denominadas de Dubai Marina, Sheik Zayed Road (leia sheik Said), Financial Center e o lado oeste do Creek.

 

Dubai é uma cidade de circulação fácil, espalhada ao longo da orla do Golfo Pérsico e do Creek (um braço de mar que entra pelas terras áridas em direção ao deserto), tem uma grande inclinação à horizontalidade, mantendo os edifícios altos em áreas concentradas, especificamente as denominadas de Dubai Marina, Sheik Zayed Road (leia sheik Said), Financial Center e o lado oeste do Creek.

No dia em que cheguei saí para conhecer poucas coisas, o fuso de seis horas me derrubou por volta do meio dia, mas me recuperei bem à tarde. Meu hotel estava próximo do maior shopping center fora da América do Norte, o Mall of the Emirates, que inclui além de uma estação do metrô uma pista de esqui com neve artificial, um pouco longe da cidade antiga e do núcleo de edificações da Sheik Zayed, mas ainda assim em um local estratégico de onde era possível sair com tranquilidade para todos os lugares interessantes.
   

Depois de todos os impactos culturais da chegada, com direito a burcas e kandurahs com gutha vermelha e branca e agal (tudo bem, estou me exibindo, mais na frente explico o que é isso), fui direto para o complexo Madinat Jumeirah (leia Madiná Jumira), ao lado do prédio em forma de vela que deu fama à arquittura de Dubai. Lá tive uma das maiores surpresas arquitetônicas da minha vida, mas isso fica para outra postagem, por enquanto só queria dizer que fui e voltei.



 
Dubai e lá!