quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A FAZENDA


George, desculpe. Ideia Reciclada de George Orwell.

Era uma vez uma fazenda que ia muito bem.
Um dia o dono da fazenda se ausentou, e dois porcos iniciaram uma revolução.
Os porcos assumiram o comando da fazenda e criaram novas leis:

1. Qualquer coisa que ande sobre duas patas é inimigo;
2.  Qualquer coisa que ande sobre quatro patas é amigo;
3.  Nenhum animal dormirá em cama;
4.  Nenhum animal beberá álcool;
5. Nenhum animal matará outro animal;
6. Todos os animais são iguais.

Mas um dos porcos queria seguir os sonhos de liberdade, igualdade e justiça pelo qual fizeram a revolução, e foi traído pelo outro porco. 
Todos os animais se revoltaram contra o porco que foi traído, mas não contra o traidor.
O porco traído foi expulso, e o porco traidor continuou inventando mentiras e calúnias sobre o porco traído e mentindo sobre seu projeto de igualdade e justiça.
O porco que restou assumiu o comando da fazenda, juntou-se com outros porcos aproveitadores e cachorros violentos, e logo começou a subjugar os demais animais para aumentar a produção e ter privilégios junto aos humanos da região.
O porco se mudou para a casa da fazenda, dormia em camas, bebia álcool e fazia negócios com os humanos de duas patas. 
Sorrateiramente, sem consultar os outros animais, reformou as leis:

1. Qualquer coisa que ande sobre duas patas é amigo;
2. Quatro patas é bom, duas patas melhor;
3. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis;
4. Nenhum animal beberá álcool em excesso
5. Nenhum animal matará outro animal sem motivos;
6. Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

Os donos de outras fazendas tomaram o porco como exemplo, porque o porco administravam a fazenda com mais rigor.
O porco alimentavam os animais com parcas sobras, aumentava os turnos de trabalho e rotineiramente surrupiava sua dignidade alegando defeitos em suas raças, gêneros e cor.
Os animais não se lembravam se antes do porco assumir a fazenda eles comiam mais ou menos, se eram mais dignos, se trabalhavam menos ou mais, se a vida era melhor ou pior.
Mas apoiado por alto-falantes, o porco repetiu seguidas vezes uma mentira que dizia aos animais que sob o domínio do homem eles eram mais infelizes, viviam pior e comiam menos.
Exaustos, famintos e sem dignidade, os animais se conformaram.
Um dia, quando o porco e alguns humanos se reuniram na casa para fazer negócios, os animais olharam  pela janela e já não se distinguia mais quem era homem e quem era porco.