terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eles estão entre nós

Geração Y em ação
Se você nasceu depois de 1985, “eles” no título desta postagem se refere a você. Embora existam variações, para efeitos didáticos as gerações se dividem nos baby-boomers, Geração X e Geração Y. Os baby-boomers são representados pelos nascidos após a segunda guerra mundial, e o nome deriva do boom de bebês que nasceram principalmente nos EUA com o retorno das tropas para casa. A partir de 1960 a nova geração é muito mais pragmática. As guerras da Coréia e depois Vietnã, os conflitos raciais, a contracultura são marcas de que o mundo não era exatamente como se esperava após a IIGG. Na sequência, chega a Geração Y. Denominados pela literatura como Geração Digital, Geração Internet ou Geração Y (no sentido de que vem logo após a Geração X), todos são unânimes quando afirmam que coletivamente este é o grupo de pessoas mais inteligente que a humanidade já produziu.

A multiplicidade de informações e a multiplicidade de equipamentos pelos quais se pode acessar, transformar e trocar informações é a principal característica deste novo tempo. No entanto, utilizar esta tecnologia requer o uso de estruturas mentais e maneiras de pensar que as gerações nascidas antes ou durante a transição não são capazes de desenvolver integralmente. Você já parou para pensar em sua geladeira como tecnologia? Ou na TV? Ou no telefone fixo? Nascidos numa época onde estas tecnologias já haviam sido desenvolvidas, a geração X não encontra dificuldades em utilizar estes equipamentos. Por outro lado, as tecnologias ascendentes após seu nascimento, contemporâneas a nós, requerem outras formas de pensar, outras estruturas de raciocínio, outra visão de praticamente tudo que se refere a relacionamentos, interação, presença física e espacialidade.

Este tipo de estrutura intelectual a Geração Y tem de sobra. Em termos de tecnologia aplicada, pela primeira vez na história da humanidade o conhecimento da tecnologia é construído a partir dos filhos para os pais. Os reflexos dessa nova modalidade de formatação do conhecimento familiar vou deixar para discutir em outra postagem.

A Geração Y é multitarefas. Criados sob estímulos múltiplos, são capazes de assistir TV, jogar um game no computador, fazer as tarefas escolares, ouvir música e teclar com os amigos em um chat. Como diz a música dos Titãs, tudo ao mesmo tempo agora. Mais do que isto, não são assistentes passivos da comunicação (como nós fomos em frente à televisão), são interagentes no conteúdo da internet. Customizam um player de música para tocar suas músicas favoritas, escolhem o que querem ler periodicamente como assinantes virtuais, criam perfis em sites de relacionamento e escolhem com quais pessoas querem se relacionar por intermédio de ferramentas de redes sociais, de acordo com suas preferências pessoais reduzindo as barreiras de preconceito. Customizam qualquer equipamento, aprendem sem ler os manuais. São muito mais ativos em termos de participação político-social, exercitam a cultura do fazer até aprender, se expõem mais, são autodidatas ou se educam comunitariamente. Por outro lado a Geração Y também é menos dedicada a compromissos duradouros, mais focada no prazer do que na responsabilidade, menos paciente e mais questionadora. O assunto é amplo para um post só, por isso comecei o que espero que seja uma série sobre a Geração Y. Tem sido um tema que tem chamado a minha atenção e vou compartilhar com vocês o que tenho descoberto. Quem sabe não nos preparamos melhor para nossos filhos e para o mercado de trabalho no futuro? Se você é um Y e teve paciência de ler até aqui, pode aproveitar para conhecer um pouco de você mesmo. Como diz o pórtico de Delfos: Conhece-te a ti mesmo.

2 comentários:

Mirella disse...

Nossa! O gabriel é a representação perfeita da geração Y! Eu me encaixo em algumas descrições, mas definitivamente tenho dificuldade no quesito tecnologia hehehe
Saudades dindo! Beijos!

Gabriel Pontes disse...

sim a mi tem dificuldade em tecnologia. Eu ainda acho que a maneira com que lido com tencnologia nao é mais do que o normal. Tem muita gente que na minha idade sabe muito mais que eu uma próxima geração quem sabe uma "Z" que tem capacidade de encontrar maneiras mais rapidas para conhecer o sistema tecnologico para aí entender sua interface e não simplesmente aprender sozinho o que o menu ensina.