sexta-feira, 25 de abril de 2008

Central Park

Sábado! Acordamos animados. Pegamos a linha 01 do Subway na 42nd street e descemos na Penn Station. Era o dia do One Day Sale at Macy´s (Liquidação de um dia da Macy´s). Não sei se falei, mas a Macy´s é uma loja de departamentos gigantesca, ocupando oito ou nove andares de uma quadra inteira. No dia de liquidação os preços chegam a 80% de desconto. Nem todas as mercadorias entram em oferta, mas algumas araras ficam com uma placa em cima e indicam quanto estão é o desconto para aquelas roupas. Compramos umas coisinhas... na saída pegamos o metrô de volta, e na estação todo mundo tinha sacolas brancas com uma estrela vermelha, símbolo da Macy´s, lembrei do PT.


Deixamos as coisas em casa, pegamos o metrô linha 1 em direção do Bronx e descemos na 96th, mais ou menos na metade do Central Park, na altura do antigo reservatório de água da cidade, hoje um lago chamado Reservoir Jaqueline Kennedy. Saímos caminhando parque adentro, entrando pelo Gate of All Saints , o portão na rua 96th (bonito né?).


O Central Park é fantástico. eu sempre achei que ele era como uma Redenção da vida ou mesmo um Parque da Cidade, mas estava enganado. O famoso paisagismo de Olmsted de 1858, que criou o conceito de parques urbanos, é fabuloso. Mesmo passando por grande revitalização nos anos 90 promovida pelo prefeito Rudolph Giuliani (você já ouviu falar dele, é o cara do Tolerância Zero) o parque tem uma estrutura básica excepcional. Os espaços se sucedem com surpresas, abrindo e fechando visuais, bem como a boa arquitetura deve ser para os espaços fechados.
Grandes espaços vazios permitem que os usuários pratiquem esportes ou simplesmente se exibam ou compartilhem. Espaços mais silvestres ou menos abertos permitem o isolamento.
















Grandes esplanadas projetadas para apresentação de performances e pequenos nichos temáticos se intercalam. A vegetação, os desníveis, as massas de água e mesmo as rochas (existem muitos conjuntos rochosos), bem como os caminhos que se cruzam por passarelas e pontes aproveitando os desníveis para criar diferentes níveis de atividade são muito, mas muito bem pensados. Além disto, toda a mística do Park, tantas vezes salientada no cinema vem à tona quando a gente está dentro dele. O skyline (desenho do perfil dos prédios contra o céu) marcante de New York é filtrado pelas árvores de folhas caducas, criando aquele famoso ar novaiorquino. O mais importante do Central Park, no final das contas, mesmo lotado como estava, seguindo o exemplo de Manhattan que está sempre lotada em qualquer lugar que você vá, ainda assim é um parque que pode ser de todos, mas é também um parque que pode ser de cada um.



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