terça-feira, 8 de abril de 2008

Fim de semana que é bom!

Sábado, depois da ressaca de sexta no Village, acordei mais tarde e fiz um cafezinho em casa, com torradas e geléia de framboesa. Saí para fotografar alguns prédios que tinham ficado para atrás no SoHo, o Singer Building (que era depósito das máquinas de costura e é do final do século XIX), estrutura metálica e tijolos, um exemplar belíssimo do período da industrialização do aço. O outro, o Haughwout Building (foto) é onde Elisha Otis instalou seu primeiro elevador em 1856, permitindo a verticalização da arquitetura ao inventar o freio automático para a cabine. Procurei a galeira de arte Louis K. Meisel (onde trabalhava a personagem Charlotte do Sex & the City, mas não achei, que droga, era uma excelente futilidade…).



Almoçei num Tex-Mex contemporâneo (comida mexicana modernizada) chamado Dos Caminos, ótimo ambiente, comida boa e barata, menos de $ 30. Depois o fecho da mochila estragou e resolvi voltar para largar ela em casa, deixar algumas tralhas e sair para olhar o prédio novo do New York Times (do Renzo Piano), inaugurado em novembro de 2008, indicação do Luciano Calvin Andrades. No caminho, resolvi passar na TKTS que vende tíquetes para o teatro com desconto, uma confusão de gente ao redor dos painéis eletrônicos que informam as promoções, e lá estavam eles: tíquetes para o Fantasma da Ópera com deconto de 50%. Encarei a bagunça das filas (decididamente, americanos não são bons em organizar fila) até que cheguei em um dos oito guichês: The Phantom, please, the best quote you have…(O Fantasma, por favor, o melhor preço que você tiver). E lá vem o cara! Ingresso na Orchestra, o melhor lugar do teatro, 50% de desconto. Saí feliz da vida caminhando pela 46th , na volta tomei um Caffè Mocha no Starbucks, voltei para casa e saí para o teatro. No Majestic, na 44th, um teatro antigo e de tijolos onde o Phantom of the Opera se apresenta há 20 anos, uma fila enorme para entrar. Entrei bem rápido, uma senhora muito velha e muito simpática me recebeu sorridente e indicou o caminho. Ótimo lugar. Depois que o musical começou não tem mais o que falar, é indescritível. Se você vier a New York, não perca, peça dinheiro emprestado, mas não perca. Depois do teatro voltei a pé para casa (ao melhor estilo hollywoodiano), não sem antes passar no Cafe Metro e comprar uma salada e um sanduíche.



Domingo foi dia de arte. Acordei tarde outra vez e fui para o Metropolitam Museum dentro do Central Park, 2 milhões de ítens e uma ótima coleção de Pop Art. A área de peças para estudo entre 3600 aC e o ano 300 é muito legal, com um sistema informatizado onde se pode saber detalhes de cada peça num toque de tela. A sessão de arte da Oceania é deslumbrante. Peças que parecem pré-históricas mas foram recolhidas pelo filho do Rockfeller nos anos 60 (que morreu nesta expedição). Depois as pinturas…ah, as pinturas... Além de ficar cara a cara com o auto-retrato de Van Gogh, ainda vi sua coleção de ciprestes; Picasso, seus touros e a fase azul; Gauguim, Matisse, Klimt, Monet, Modigliani e suas figuras sem olhos, Dali, Renoir e muitos outros. Jackson Pollock ... bem, Pollock é uma história comprida e boa, mas deixe isso prá lá.

















Depois fui surpreendido pela arte desconcertante de Andy Warhol, cujas serigrafias mudaram o caminho da arte e criaram a Arte Contemporânea como a conhecemos hoje. Para quem curte história, ver a Lata de Sopa Campbells ao vivo traz à tona todo seu significado cultural. É muito impactante. Descobri Roy Lichenstein e Chuck Close, com seus painéis gigantes e excepcionais. Acreditem, o cara aí em baixo se chama Mark, o quadro tem 4x5 metros de altura e é uma pintura!















Na saideira ainda consegui um táxi numa ferrenha luta com uns velhinhos do outro lado da rua, depois de perder três outras batalhas. À noite foi um carreteiro com uma carne chamada Top Chuck Boneless que comprei no super só na base do apertão para saber se era macia, e de sobremesa tangerinas, que eles chamam Mandarim e que os gaúchos chamam de Vergamota. Comendo carreteiro e bergamota domingo à noite, graças a Deus, só faltou o Fantástico.

3 comentários:

Vanessa disse...

Nossa, quantos lugares para visitar, e é só o começo...
Muito linda as fotos, quem nunca foi a New York como eu, acha que só o temo WTC e o Guggenheim para visitar...Interessante e ótimos os lugares...
Beijos
Vanessa(Iesplan)

studioparalelo disse...

aahahahahah! Putz, o Gabi está com pouco serviço no GAD...Quero ver se o Leonardo descobre o blog. Mas, a Aline segurando o Haroldo está muito bom. Sugiro continuar os quasdrinhos. Posso ajudar nesse projeto. Abraço
Lu

g disse...

eu já estou achando que a aline foi sozinha pra NY, já que só tem foto dela. larga a câmera pra ela um pouco seven, e posta aí alguma foto tua, poxa.

sobre os quadrinhos, vou ver se mando mais alguns também. lu, dá uma ajuda aí e manda uns também.

abraço,