sexta-feira, 19 de junho de 2009

Flash Dancers Gentlemen´s Club new York

No meu último dia nesta viagem, conversei com uns amigos sobre a vontade que sempre tive de conhecer uma casa de diversões para adultos em New York. Eles me confessaram que também tinham curiosidade, e lá fomos nós. Depois de uma rápida pesquisa na internet, descobrimos que havia uma casa considerada a mais legal de todas, o Flash Dancers NYC (http://flashdancersnyc.com/), na Broadway entre a 52nd e a 53rd. Saímos para tomar uns drinques antes, porque sem isso ia ser difícil encarar. Ir numa casa dessas no Brasil é uma coisa, mas era como se fosse nossa primeira vez num bordel, precisamos tomar umas para chegar como quem é de casa. Bebemos Stellas num bar monótono e chegamos lá. O porteiro foi simpático, como todo porteiro de boate masculina na hora em que a gente entra. Um lance de escadas num corredor estreito e chegamos ao balcão. Vinte dólares para entrar, ao menos um drinque para consumir na casa. Beleza, até aí tudo bem, não esperava mesmo que sacanagem fosse ser barato em New York. Um luminoso ao lado do balcão do recepcionista informava Today´s girls dancing: 92...uau! 92 garotas estavam trabalhando naquela noite! Uma garota loira de cabelo de cachinhos, espartilho e shortinhos dourados bem curtinhos nos levou até nossa mesa.
- Is it in the kitchen?, perguntei (é na cozinha?), não, ela respondeu. É que a pista está lotada.

"A pista" é uma plataforma onde as garotas dançam e fazem strip, elevada do solo e cercada de cadeiras com japoneses e outros tipos sentados babando silenciosa e respeitosamente aos pés da mulherada. Como todo bom brasileiro, não aceitamos a proposta da mesa e com cerveja na mão resolvemos circular. Cerveja long neck a doze dólares, mais um dólar de gorjeta (que a garçonete do shortinho dourado e sem nenhum sorriso fez questão de informar, não estava incluída). No início achamos chato, as mulheres feias, a música alta demais. Depois de umas cervejas a 12, o som ficou na altura certa, as mulheres espetaculares e o ambiente divertido. O esquema é o seguinte: as meninas sobem no palco, tiram a roupa e dançam. Quem vai gostando vai chamando a menina e coloca um dólar preso na calcinha (elas não tiram a calcinha nunca), você pode encostar a mão nela até onde ela deixar, o que geralmente é praticamente nada, ou pelo menos os estrangeiros nem tentam. Colocam aquele dólar como se a mulher fosse dar choque, já os brasileiros...bom, a gente foi vendo até onde ia, mas sem ultrapassar os limites da cordialidade. As meninas agradecem o dólar com um sensual Thank You, e continuam dançando. Se percebem que o cara gostou ficam por ali, reproduzindo os movimentos da dança que dão mais grana. Se o cara coloca o dinheiro no chão e não na calcinha, elas juntam o dinheiro, rasgam em pedacinhos e atiram prá cima com o maior sorriso no rosto sob os aplausos da galera, não é esmola, é cachê.

No início estranhamos porque as garotas se aproximavam da gente e perguntavam "Do you wanna dance?" (quer uma dança?), mas não tinha ninguém dançando. Depois, começamos a puxar assunto, sabe como é, brasileiro, bebendo, música alta, mulherada...e elas foram nos explicando. Dançar quer dizer Lap Dance (dança de colo), o cara é levado para um canto escuro, senta e a mulher nua (de calcinha) dança em cima dele. Um dos meus parceiros foi com uma russa enorme, morenaça daquelas, bunda de inaugurar banheiro da rodoviária como diz meu pai, mas voltou decepcionado porque a mulher machucou ele só na base do esfrega, o que nos fez desistir de gastar $20 nessa aventura estranha. Em se tratando de diversões masculinas, não posso negar que apesar de ser um pouco inocente o lugar é divertido. As meninas (predominantemente Rússia e Europa Oriental, com algumas superturbinadas do Caribe e dos Estados unidos) são realmente muito bonitas, vindas do mundo todo são uma amostra da beleza internacional. Algumas são praticamente malabaristas do Cirque du Soleil naquele poste, mas as que ganham mais dinheiro são mesmo as menos acrobáticas. Ao lado de um poste desses, um de nós levou uma pernada de uma dançarina malabarista que depois morreu de vergonha pedindo desculpas. Supersimpáticas, não fazem programa de jeito nenhum nos garantiu uma matrona mal humorada,feia e brasileira que era uma espécie de gerente. Segundo elas próprias e o cara do microfone (todo puteiro tem um locutor, que coisas impressionante!) elas deviam ser respeitadas pois estavam trabalhando para pagar a faculdade. A prostituição nos EUA é crime e acontece basicamente na rua ou por intermédio de sites, nunca em casas noturnas. Quer dizer... no Flash Dancers tem uma sala chamada Private Room onde uma garota masturba um cara por $600, ou outra chamada Blue onde dá para transar por 40 minutos e $1700, praticamnte siginifcando que sexo não existe mesmo. Legal foi ver muitas clientes mulheres na casa também. Mulheres e homens que saem do trabalho em grupos e vão lá curtir e torrar uns singles (notas de um dólar), mas alguns casais mais avançados aceitam o lap dance e as garotas dançam no colo da mulher do cara. No balanço geral foi bem legal, me senti o cara mais formidável de todos porque fui num suposto puteiro em Nova Iorque. Prostituição não é aqui!

2 comentários:

Anonymous disse...

Dear Marcello,
I´m one of the pretty 92 girls that was dancing that evening in New York. You didn´t seen me, I only had eyes for you..., but all that you say in your blog about we is very hard.
For example, I´m studing several "languages" in University and I´m also doctor in "Oral Medicine", only for men. As I speak also portoguese, I´ve composed a single song for you:
"Se vocé disser que eu desvisto, amor, saiba que isso em mim provoca imensa dor.
Só privilegiados têm ollos atentos igual aos seus. Eu possuo apenas o que Deus me deu.
No peito das desvestidas, também bate um coraçao..."
Chiquindim, chiquindim, chiquimdam, chiquimdam...

Marcelo Pontes disse...

muito bom!!!