sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eu Google. Tu Googles. Ele Google. Nós Googlamos. Eles Googlam.

Se você reparou, no final das postagens, lá no rodapé da página tem uma caixinha azul e branca escrita StatCounter. Ali é onde faço o controle do blog. Posso saber quantas pessoas estão acessando diariamente, por quanto tempo, por intermédio de qual mecanismo de busca chegaram até aqui, qual o sistema operacional que estão usando, qual a resolução da tela, de qual cidade estão chamando. Posso saber também quais as palavras que procuraram no Google, Yahoo, Bing! e Altavista para saber porque chegaram ao meu blog. Aí é que está. Se considerarmos que o número de internautas é superior a um bilhão e meio, tenho poucos acessos, cerca de 530 pessoas visitam o blog semanalmente, sendo que muitas são pessoas que retornaram (talvez como você). Mas se considerarmos que uma pessoa normal conhece em média cerca de 2000 pessoas em toda sua vida, bem, aí estou com uma média razoável. Dessas pessoas que entram e saem no blog pela primeira vez direcionadas por mecanismos de busca, a estatística é divertida.
Trinta por cento buscaram assuntos relacionados com arquitetura e caíram aqui, dessas 30%, dois terços buscavam algum tema relacionado com o arquiteto americano Frank Lloyd Wright que aparece em diversos posts e empresta seu nome ao meu cachorro, bom resultado para mim porque sou bom em escrever sobre arquitetura e tenho muitas fotos da obra dele que não se pode encontrar em livros. Em segundo lugar, disparado da concorrência, vêm os termos de busca que se referem a amígdalas inflamadas. É inacreditável como as pessoas procuram sobre este assunto. São quase 18% das buscas que levaram ao meu blog, tudo graças a uma postagem sobre a inflamação de amígdalas quando morava temporariamente em Nova Iorque. Pois bem, em resumo, amígdalas são filtros de bactérias e vírus, lave mais suas mãos, os furinhos são normais, há controvérsia sobre retirá-las, podem ficar inflamadas por vírus ou bactéria, não, ninguém é hospitalizado por isto. Para vírus use Diclofenaco, para bactéria use Amoxilina. Morra por sua conta e risco, eu não sou médico!

Na sequência, em terceiro lugar, os mais procurados são temas relacionados á reciclagem (12%). Infelizmente as pessoas que chegam até aqui devem ficar frustradas porque não é o que estavam procurando. Aliás, o que estavam procurando geralmente se refere a roupas recicladas e outros artefatos, até o extremo de "casal de noivos de material reciclado para bolos de casamento" (!). O quarto termo de pesquisa mais buscado é "Ducha Higiênica"... E as perguntas feitas ao Google são tão bizarras quanto "usar ducha higiência faz mal?", ou "ducha higiênica tira a virgindade?"...mais uma vez, a frustração deve ser grande ao constatar que a ducha higiência está neste blog somente graças à vizinha do 301 que tem medo de baratas e inundou meu apartamento deixando a ducha dela ligada por cinco dias. Mas se você caiu aqui por conta disso, acho que ducha higiênica não tira a virgindade se você mantiver ela a uma distância segura, quer dizer, se você sentir a água pelo lado de dentro de você, pode ser que dê problema, mas não estou seguro a respeito, como você sabe, não sou médico. Temas de viagens ocupam o quarto e honroso lugar, com 8%, seguidos de perto pelo meu próprio nome (obrigado, obrigado) com 7,32%. Ou seja, estou sendo menos procuradodo que Frank Lloyd Wright, amígdalas e viagens, acho que deve ser natural, mas perder para ducha higiência confesso que dá um certo desânimo. Pelo menos ganhei do Bailinho (cujo post deve atender às expectativas dos leitores porque explica direitinho o que é a festa e ainda dá o endereço do blog específico) com 4,86%. Logo depois de mim, os termos mais procurado são assuntos relacionados com o dia dos namorados, "como escrever um bilhete de amor" ou "coisas quentes para o dia dos namorados" ou ainda "sutiã Hope para o dia dos namorados", essa para mim, a melhor de todas (4,05%). Bem perto disso, de maneira impressionante, estão as pesquisas relacionadas a super heróis, "como fazer uma capa de super herói", convenhamos, se a pessoa precisa do Google para fazer uma capa de super herói, vai precisar do quê para fazer um bolo de casamento com peças recicladas? Por fim, em último lugar, assuntos diversos como o significado da palavra lagartixa, o nome do Paulo Ricardo Bregatto (que lá no início do meu blog estava liderando as pesquisas por palavras), que tamanho de pijama JK usava ou quem é o autor de determinado livro.

Depois dessa análise, fiquei pensando em como as pessoas respondiam essas perguntas quando não havia internet. Será que havia espaço para diálogo com alguém mais experiente, ou será que essa pergunta ficava na cabeça da pessoa para sempre? Será que alguém tem dúvida de que é mais fácil saber das coisas hoje em dia? Será que alguém realmente precisa saber qual o tamanho do pijama de JK que não seja a Dona Sara, ou será que buscar um remédio para amígdalas sem consultar um médico é tão inocente quanto copiar e colar um texto da internet sobre um arquiteto famoso? As respostas não sei, talvez coloque tudo no Google e tente responder mais tarde, afinal, ele sabe tudo e está em todos os lugares. O Google é deus!

Um comentário:

Luciana Braga disse...

Eu não usei o google para chegar até aqui... Cheguei por indicaçao mesmo. Sou amiga de Marcos Vinícius e Suzete, foram eles que me falaram do blog, bem diverso e interessante por sinal. Também tenho um blog interessante e diverso, mas menos recheado (http://cinemapipocaechuteiras.blogspot.com/)... pelo menos até o momento. Acho que antes do google o pessoal usava a Barsa. Lembra daqueles representantes que iam nas escolas? Acho que nem existem mais. Como é que eu posso adicionar essa ferramenta no meu blog?