sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pombas

Pombas sujam, transmitem doenças e são agressivas, mas ainda assim são bem tratadas na maior parte dos locais que emporcalham. Pelo menos cinco doenças transmitidas pelas fezes secas de pombos contaminados são registradas nos grandes centros urbanos brasileiros. Elas se multiplicam rapidamente, como ratos com asas (ainda que algumas pessoas achem isto um exagero), cagam por tudo e não têm nenhum escrúpulo em tentar se aproximar da comida dos outros. Não consigo entender como ainda tem gente que dá comida para elas nos parques, achando bonitinho aquele mundaréu de bichos fedidos soltando piolho pelo ar. É muita falta do que fazer. Até o Oscar Niemeyer projetou um pombal para a praça dos Três Poderes que está lá até hoje! Pior ainda, nos fast-food de Brasília as pessoas dão restos de pão para as pombas, e o que elas deixam escapar alimenta os ratos à noite, uma maravilha ecológica de preservação das zoonoses. Não bastasse, parece que elas se especalizaram em fazer cocô em calhas e entupir tubulações de escoamento de chuvas, em algum lugar do mundo deve ter uma academia que ensina as pombas como fazer o maior estrago possível, acredite, é lá que elas vão estar. Em Paris os monumentos têm tela por tudo, em Roma a mesma coisa, em algumas cidades da Europa as autoridades dão anticoncepcional misturado com milho para os pombos comerem. Em Brasília, Maslow se orgulharia das pombas.
Maslow foi um cara que criou uma estrutura em forma de pirâmide para categorizar as necessidades humanas. Na base da pirâmide estão as necessidades fisiológicas, entre elas comer e fazer sexo (entre outras), coisas que as pombas conhecem muito bem. Aliás, como todos os animais no mundo, pombas só pensam em duas coisas: comer e sexo. Ainda que nós humanos também pensemos em carros, dinheiro e posição social, no final, tudo isso são maneiras de conseguir mais sexo. Não consigo entender porque as pombas têm um forte apelo romântico, chamam um casal de noivos de pombinhos (acho que porque os pombos são monogâmicos) no fundo penso que é tudo por culpa do Velho Testamento, já que Noé soltou uma delas para procurar terra firme depois que choveu quarenta dias e quarenta noites no Dilúvio. Uma pomba é capaz de morrer do que desistir de roubar um pedaço de pão. Convenhamos, se fosse verdade a história da pomba e Noé, conhecendo as pombas como eu conheço, ela teria se mandado para procurar comida e outra pomba para transar, não ia voltar nunca mais, e Noé ia estar até hoje perdido navegando pelo meio do Atlântico ou ia ter encalhado e naufragado na costa da Antártida e catequizado os pinguins. A sensação que eu tenho é que se Noé tivesse soltado um rato nadando, talvez tivéssemos ratos circulando livremente pela cidade nos dias de hoje (hoje eles circulam igual, mas escondidos).
Uma pomba pode reproduzir de 12 a 18 outras criaturas por ano, já que são sexualmente ativas a partir dos seis meses. Além disso não possuem predadores naturais, e vi num documentário que se a humanidade abandonasse a Terra, dos animais urbanos que conhecemos hoje, só iam restar gatos, cachorros vira-lata e pombos . Até os ratos iam desaparecer capturados por predadores vindos das áreas selvagens! Matar pombas não adianta nada, como diz uma veterinária na TV, é como vaga de hotel, sai um, entra outro. O importante é criar condições desinteressantes, pouca água, pouca comida, pouco abrigo. Só assim os pombos vão migrar para regiões distantes dos centros urbanos e assumirem de vez seu papel na natureza comendo pragas e espalhando pólem para fecundação. O pombal é aqui!

2 comentários:

Alessandra disse...

Odeio pombos. Acho que são bichos nojentos, o IBHAMA ainda protege essas pestes. Aquele pombal na praça dos três poderes é a coisa mais nojenta que já vi na minha vida. Adoro a propaganda da Red Bull onde o carinha toma Red Bull e desconta a melera que as pombas fazem nele. Um nojo realmente são ratos com asa e bichos de extrema falta de necessidade. Argh

Clarisse disse...

Odeio pombos também! Moro em um apartamento no quarto andar e, certa vez apareceram dois ou três pombos em minha área de serviço, meu filho de três anos estava comigo e foi atacado por um deles, ficou aterrorizado e desde então pegou aversão a estes animais. Além de serem nojentos e insistirem em conviver com humanos, transmitem doenças fatais. Eca! Que nojo! Como diria meu filho.